segunda-feira, 30 de julho de 2012

Rafaello Santi



Rafael
(1483 - 1520)

Rafael, também conhecido por Rafaello Santi ou Rafaello Sanzio, nasceu em Urbino em 1483. Pintor renascentista italiano, considerado um dos maiores e mais importantes artistas de todos os tempos, recebeu do seu pai, o pintor Giovanni Santi, a sua primeira instrução artística. Em 1499, tornou-se estudante e assistente do pintor Perugino, o qual seguiu fielmente. Os seus estilos artísticos eram tão semelhantes que historiadores de arte sentiram dificuldades em distinguir as suas pinturas.

Em 1504, mudou-se para Florença. Nessa época, influenciado pelas inovações artísticas de Leonardo da Vinci e Miguel Ângelo, Rafael transitou de um estilo assente na perspectiva e na composição geométrica rígida para uma maneira mais informal, natural e suave de pintar.

O trabalho de Rafael chamou a atenção do Papa Júlio II que, em 1508, o chamou a Roma e o encarregou da pintura de frescos em quatro pequenas salas (stanze) do Palácio do Vaticano: a "Stanza della Segnatura" , a "Stanza di Eliodoro", a "Stanza dell' Incendio di Borgo" e a "Stanza di Constantino". Rafael morre aos 37 anos de idade, no dia 6 de Abril de 1520, não podendo acabar as pinturas já projectadas para a quarta sala.

Na "Stanza della Segnatura" (Sala da Assinatura), sala utilizada como biblioteca e onde Júlio II assinava os decretos da corte eclesiástica, foram pintados frescos que representavam as quatro disciplinas fundamentais da cultura, isto é, a Teologia, a Filosofia, a Poesia e a Jurisprudência. Um dos episódios retratados nesta sala, que representa a ciência secular da Filosofia, e que foi alvo da nossa atenção, é a famosa "A Escola de Atenas".

Na cidade de Atenas, no ano 387 a.C., o filósofo e matemático grego Platão fundou uma academia de estudos científicos e filosóficos. Essa academia tornou-se um dos mais importantes centros de pesquisa e ensino da Matemática e Filosofia da Antiguidade Clássica, tendo funcionado durante 900 anos, até ao seu encerramento definitivo pelos cristãos. No entanto, a Academia permaneceu sempre como um dos maiores símbolos da busca racional da verdade e, em especial, como um símbolo para os estudos matemáticos teóricos.

O fresco "A Escola de Atenas" é uma alegoria que representa a continuidade histórica do pensamento da Academia de Platão através de várias personalidades do mundo matemático e filosófico grego.


Nesta pintura, Rafael representou os maiores pensadores de todos os tempos, especialmente os da Grécia Antiga onde alguns deles estão personificados em homens famosos do renascimento. Platão é parecido com Leonardo da Vinci, Euclides com Bramante e Miguel Ângelo tem o aspecto de Heraclito. Talvez fosse uma maneira de Rafael ligar o passado ao presente e de prestar homenagem aos seus grandes contemporâneos.

Platão era um seguidor da doutrina da escola Pitagórica e, como tal, os estudos na sua escola davam grande ênfase aos números, principalmente no que diz respeito a questões de razões e harmonias. Sabendo isso, Rafael, no grupo dos geómetras, colocou Pitágoras à esquerda, como representante da Teoria da Harmonia, e Euclides à direita, representando a perfeição lógica da Geometria.

Na «A Escola de Atenas» Rafael deu grande ênfase à matemática, em particular, ao número, à razão e à harmonia.

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