terça-feira, 7 de agosto de 2012

Vincent Willem Van Gogh


Vincent Willem Van Gogh, nasceu no dia 30 de Março de 1.853.
Viveu 37 anos e só vendeu um único quadro na sua vida chamado: "Vinhas Vermelhas" em Arles.

Começou a dedicar-se a pintura somente aos 27 anos.
Viveu a pobreza absoluta. Passou fome e frio. Só depois de 1.890, após sua morte foi que virou celebridade e seu quadros passaram a valer.
Hoje, seus quadros estão entre os mais caros do mundo, valem uma verdadeira fortuna.

Pintou cerca de 800 pinturas, sendo que numa fúria criativa pintou nos tres ultimos anos de vida mais de 400 telas. Suas pinceladas eram vigorosas e trabalhava com acumulo de tintas. Amarelos intensos e vermelhos vivos, criavam efeitos que expressavam sentimentos.

Essa era a diferença dos impressionistas e Van Gogh. Enquanto os impressionistas usavam a cor para reproduzir imagens, ele aproveitou
os elementos do impressionismo e adaptou de forma proposital para expressar-se com mais vigor.

Van Gogh foi o mais persistente no Pós-Impressionismo. Seu uso abstrato da cor e da forma teria uma influência muito grande em toda a arte
do século XX. Com Van Gogh a emoção voltou a arte.

Título: "Auto-Retrato" 1889

Óleo sobre Tela
Dimensão: 65 cm X 54 Cm
Acervo do Museu d`Orsay em Paris na França

Foi o último dos auto-retratos pintados por Van Gogh. Na época, ele estava internado no asilo Saint-Remy, para onde foi por vontade própria em maio de 1889. Cinco meses antes ele havia tido o incidente com a orelha.

Suas pinturas, nessa fase, mostram uma preocupação com o movimento, expresso em curvas contínuas e ondulantes. Mais uma vez, contudo, a cor tem vida prórpia e, muitas vezes, independente em relação ás formas pintadas pelo artista.

É o que acontece nesse quadro que traz um fundo coberto por espirais em tons de azul e verde com a roupa do artista fundindo-se nele.
Seu rosto se destaca pela barba ruiva, pelos traços tensos e pelo olhar fixo.

Quando enviou o quadro para o irmão Theo, escreveu:

"Espero que repares que a expressão do meu rosto se tornou mais calma embora o olhar esteja menos firme que antes, segundo parece".

Título: "DOZE GIRASSOIS NUMA JARRA" 1888

Óleo Sobre Tela
Dimensão: 91cm X 72cm
Acervo de Bayerisch Staatsgemãdesammlung, Munique na Alemanha.

Estes foram os primeiros girassóis de uma série pintada por Van Gogh, em Agosto de 1.888. Ele havia acabado de se mudar para Arles, na França, e planejava montar uma comunidade artística em sua casa.

Foi em Arles que Van Gogh viveu uma fase de produção espetacular, alternada com suas mais violentas crises de alucinação que o levariam mais tarde a ser internado.

Depois de convidar Paul Gauguin para morar com ele, decidiu renovar a decoração, pendurando meia duzia de quadros de girassóis. Uma decoração na qual amarelos de tons diferentes brilharam sobre fundos variados de azul.

Tudo emoldurado por ripas de madeira pintadas de laranja. Foi assim que escreveu para o irmão Theo.

Doze girassóis numa jarra foi pintado cinco meses antes de Van Gogh cortar um pedaço da própria orelha.

Título: "CAFÉ NOTURNO" 1888

1924 - Óleo sobre Tela
Dimensão: 91cm X 65,5cm
Acervo de Reichsmuseum Krõller-Muller, Otterio - Holanda

De forma muito genial, Van Gogh explorou novas formas de retratar o mundo. No verão de Arles, o pintor decidiu fazer uma experiência pouco comum na época, a
de pintar ao ar livre á noite. Seu objetivo era capturar a atmosfera noturna da cidade.

O café, sob o céu estrelado, aparece extremamente iluminado.

Van Gogh usou um amarelo com força, avermelhado, que contrasta com o azul escuro, e da mesma forma marcante.

Como era comum, depois de concluir o quadro escreveu a irmão para fazer considerações sobre seu trabalho.
Escreveu dizendo:

"Tem café á noite, visto de fora. Uma enorme lanterna amarela ilumina a explanada e lança luz até as pedras da rua". explicou.

"As fachadas das casas dessa rua, que se prolonga sob um céu estrelado, são em azul-escuro ou violeta.

Ai tens um quadro de noite sem preto, só com azul, violeta, verde e amarelo".

Van Gogh, que, então, tinha 35 anos, novamente escapava do lugar comum e fazia das cores sua melhor linguagem: a noite sem o preto.

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